Jogo on-line auxilia pacientes com paralisia cerebral

Inspirado no Guitar Hero, jogo eletrônico musical que exige pensamento rápido e movimento corporal, pesquisadores da área de Medicina desenvolveram um game que auxilia pacientes com paralisia cerebral e proporciona […]

12/04/2021

Inspirado no Guitar Hero, jogo eletrônico musical que exige pensamento rápido e movimento corporal, pesquisadores da área de Medicina desenvolveram um game que auxilia pacientes com paralisia cerebral e proporciona uma rotina de exercícios às pessoas com deficiência física e cognitiva.

Denominada de MoveHero, a plataforma web potencializa a reabilitação motora dos usuários a partir da participação no jogo.

A pesquisa teve início em 2016 e faz parte da pesquisa de pós-doutorado na USP da Profa. Dra. Talita Dias da Silva, fisioterapeuta que leciona no curso de Medicina da UNICID.


Sobre o projeto

Segundo a professora Talita, o MoveHero surgiu da necessidade em dar continuidade a tratamentos interrompidos por conta da pandemia. Na prática, a partir do cadastro no jogo, dados dos usuários são coletados e, com a análise dos resultados, é possível verificar o desempenho motor dos participantes, como também as escalas de percepção, esforço, humor e satisfação com o jogo.

“É uma ótima ferramenta que alia medicina e diversão, nos faz avaliar o efeito e o impacto de um jogo em realidade virtual não-imersiva, como também traz a compreensão quanto à importância do teleatendimento e utilização de jogos para uma melhor qualidade de vida desses pacientes”, avalia a pesquisadora.


Testes

No MoveHero, o jogador precisa capturar bolinhas coloridas que caem da tela no ritmo de uma música ao fundo e é possível aumentar ou diminuir a dificuldade da partida conforme o avanço de fases.

A plataforma já foi testada por mais de 3 mil participantes, com diversas deficiências ou mesmo sem nenhuma. Os artigos científicos publicados recentemente apresentam a pesquisa feita com 44 participantes no período de isolamento pela quarentena – metade deles com paralisia cerebral e metade sem, com idades entre 11 e 28 anos em um programa de telerreabilitação.

Além disso, a ferramenta foi utilizada dentro do ambiente de internação hospitalar em pacientes com Covid-19, comprovando ser capaz de promover melhorias físicas e de esforço muscular nos praticantes.


Mais informações

Além da Dra. Talita, da UNICID, participaram das pesquisas docentes da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Universidade de São Paulo (USP), Oxford Brookes University e Bournemouth University, ambas da Inglaterra.

Talita ressalta a colaboração da coordenadora do curso de Medicina da UNICID, Profa. Denise Ballester, da Profa. Dra. Viviani Barnabé e alunos do curso de graduação, que participaram a partir da Iniciação Científica e do teleatendimento aos pacientes.

Acesse aqui o site do MoveHero, onde também é possível contribuir com doações em dinheiro para ajudar a manter o acesso gratuito.