A pandemia, novas rotinas e os cuidados com a saúde mental

18/11/2020

Profa. Dra. Ana Flávia Parenti é coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid) e orienta sobre a importância de buscar ajuda profissional por conta das mudanças de rotina devido ao isolamento social;

A pandemia trouxe diversas mudanças comportamentais, sobretudo, nas relações sociais, sejam elas individuais ou coletivas. A coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid), Profa. Dra Ana Flávia Parenti, avalia que o período de isolamento social, forçou os indivíduos à mudarem hábitos e rotinas, e que isso, implica em pelo menos três situações prejudiciais à saúde mental.

“Um primeiro possível dano, se dá pelo fato de estarmos longe fisicamente das pessoas com as quais convivíamos, fazendo com que as relações interpessoais fiquem cada vez mais baseadas nos contatos virtuais. Outro ponto, é o mergulho cada vez maior no mundo virtual (principalmente às crianças e adolescentes) e, por último, o desaparecimento do limite entre vida pessoal e vida profissional, pois estamos realizando nossas tarefas de dentro de nossas casas, ambiente esse que, anteriormente serviria de refúgio contra o estresse e as preocupações do trabalho. Não há mais essa separação”, justifica.

A psicóloga orienta, que para este cenário, estabelecer rotinas, tanto para os adultos, quanto para crianças, é fator primordial. “Precisamos estabelecer horários para as aulas e para o lazer. No caso dos adultos, tentar buscar um local isolado da casa e fazer desse ambiente seu local de trabalho. Evitar trabalhar na cama de pijama e agir como se fôssemos sair de casa, mantendo os mesmos horários e hábitos, contribui e é fator primordial para que a nossa saúde mental se mantenha em equilíbrio. Com as crianças, precisamos estabelecer cronogramas diários de aulas, trabalhos escolares, tarefas domésticas e de lazer”, aponta a Profa. Drª. Ana Flávia Parenti.

A psicóloga da Unicid orienta ainda, sobre a importância de se procurar ajuda profissional diante dessas situações cotidianas e inerentes por consequência do novo cenário global.

“Estamos vivendo um momento extremamente atípico, que testa todos os limites da nossa saúde mental. Caso o indivíduo perceba que não está dando conta sozinho de tudo, é importante que se busque ajuda. Mudanças de comportamento, aumento na irritabilidade e estresse, dificuldade de concentração, dificuldades para dormir, dificuldades nos relacionamentos com os filhos, todas essas situações podem mostrar que está na hora de procurar ajuda médica especializada”, enfatiza.

Por fim, a docente do curso de psicologia da Unicid, diferencia os profissionais de acordo com a atribuição e especialidade. Ana Flávia Parenti, exemplifica que, psiquiatra é o profissional formado em medicina e que na atuação com o paciente, e quem prescreve medicamentos para auxiliar no controle dos sintomas de qualquer transtorno que o indivíduo esteja vivenciando (insônia, estresse, ansiedade, depressão, etc). Psicólogo é o profissional formado em psicologia e que realiza o processo de psicoterapia, com sessões semanais, com a duração de, em média 50 minutos, em que o paciente fala sobre sua história de vida, relacionamentos, dificuldades, dúvidas e medos. Cabe ao terapeuta, auxiliar o indivíduo na mudança de comportamento e entendimento das suas emoções. Por fim, a psicanálise, consiste em uma linha de atendimento dentro da psicologia.

Profa. Drª. Ana Flávia Parenti: Doutorado em Ciências Sociais e Sociologia, Mestrado em Psicologia Social e graduação em Psicologia. Especialização em Gestão de RH e Aprimoramento em Psicologia Hospitalar. Atualmente é coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid).

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